Tudo em silêncio Remanso é chance de falar Lançar-se à Babel Que é se escutar Passo certeiro Com medo ninguém sabe dar Iluminar o chão Dentro de si Pra que se vejam claras As formas do que sinto As sombras do que temo Os restos do que pude E que recolho em oração Pra me eternizar Nada é perene Debruça os olhos sobre o altar Sagrada imagem Que é se enxergar Gesto sereno Estende a mão pra ofertar Anoitecer o céu Dentro de si Pra que se vejam claras As queixas do que eu era As sobras do que tinha Os versos que me sangram E que recolho em canção Pra me eternizar Deixando as coisas como estão Pra me desvencilhar