Uma velha ferradura pendurada Feito o sino dá licença na estação Pra que o velho trem de lata em disparada Chegue a tempo no outro lado do galpão Orelhano não tem marca registrada E o seu trilho é o próprio rastro pelo chão Lá no cocho das galinhas tem parada Pra o foguista abastecer o seu vagão Lata aberta toda a volta vai a carga Encontrada pelo meio do terreiro E as fechadas onde a ponta não se larga Eram só para vagões de passageiros Toda vez que o pai chegava com sortido O piazito ia correndo ver se vinha Pra tornar seu trem de lata mais comprido Entre as compras uma lata de sardinha Mas o tempo foi passando e o que era lindo Disse adeus ao sentimento conquistado E o expresso fantasia foi sumindo Do cenário pelo túnel do passado Lata aberta toda a volta vai a carga Encontrada pelo meio do terreiro E as fechadas onde a ponta não se larga Eram só para vagões de passageiros Eram só para vagões de passageiros Eram só para vagões de passageiros