É no ronco do bugio, da serra que foi meu ventre Que o crioulismo floresce e desce pro continente Tem cheiro de terra negra que foi regada recém Ânsias de fim de semana que saio pra ver alguém ♪ É no ronco do bugio, das sesmaria dobradas Que a alma de patriotas campeiam na madrugada Mateada, gaita e troveiro, sereno forte de julho O ronco é som aporreado de cascos no pedregulho ♪ É no ronco do bugio, que laço de toda trança O touro berra baixinho, a guajuvira balança O eco do grito forte, se ouve inté na Argentina Oiga-lê brasão de fé, bandeira em forma de rima ♪ É no ronco do bugio, calandria de canto puro Que me perdi guitarreando, mas hoje no mais lhe juro Enquanto existir Rio Grande, berçário de amor e guerra Volverei a cada ronco nos campos da minha terra