O baio mascava o freio pra me levar pra fuzarca No trono dos meus arreios saí batendo na marca Eu já sentia nas ventas o cheiro da namorada Era uma carreira ganha, de dar 60 por nada Depois de tanta saudade, de promessas e queixume Distância de légua e meia, eu sentia seu perfume Depois de tanta saudade, de promessas e queixume Distância de légua e meia, eu sentia seu perfume ♪ A gaita velha chorona dava as cartas pro jogo E o compasso da vanera botava lenha no fogo E aquele rosto moreno com ares de querendona Cochilava no meu peito com o balanço da acordeona Depois de tanta saudade, de promessas e queixume Distância de palmo e meio, saboreava o seu perfume Depois de tanta saudade, de promessas e queixume Distância de palmo e meio, saboreava o seu perfume ♪ O candeeiro penava e a luz do amor florescia Eu me tornava escravo daquela pele macia Tem horas que o vivente se entrega se for preciso Comete qualquer pecado, mas entra no paraíso Depois de tanta saudade, de promessas e queixume Já não tinha mais distância pra eu beber o seu perfume Depois de tanta saudade, de promessas e queixume Já não tinha mais distância pra eu beber o seu perfume ♪ A saudade veio cedo junto da aurora guria A lua roubou meu sonho, fugiu pra longe do dia E o baio num trote lento como em respeito a seu dono Lembrando que a vida dura volta depois de um bom sono Depois de tanta saudade, de promessas e queixume Distância de légua e meia, carregava o seu perfume Depois de tanta saudade, de promessas e queixume Distância de légua e meia, carregava o seu perfume