Vou contar a história de um fandango, lá na fronteira (Olha que porqueira!) Fomos tocar num fandango Pras bandas de Livramento Numa festa da peonada Na fazenda do Tio Bento De chegada um índio velho Com jeito de bonachão Disse: Apeie chiruzada Vamo tomar um chimarrão E depois se arrebentar de tanto tocar vaneirão E depois se arrebentar de tanto tocar vaneirão ♪ O churrasco se enroscava Lá no meio do braseiro A indiada corcoveava Na poeira do terreiro Logo veio um índio velho Com jeito de bonachão Não se assustem chiruzada Tem que aguentar o tirão Vocês vão se arrebentar de tanto tocar vaneirão Vocês vão se arrebentar de tanto tocar vaneirão De repente dois índios se estranharam (é mesmo?) E formou-se o entreveiro (se cagaram de bombacha) (o quê?) Enveredaram pro lado do gaiteiro (e?) E um talonaço de adaga torou o fole no meio (eita) Bombeie aí só como é que ficou a gaita do homem (ai) De vez em quando saía uma notinha meio perdida Tipo miado de gato Mas o patrão velho prevenido, barbaridade Desentocou uma goma-arábica e colaram a gaita E a cordeona foi-se aprumando E os bárbaros se ajeitando na sala E seguiu o fandango, rapaziada ♪ Tchê gaiteiro não te assusta Eu sei que tu é dos bão Deu uma costela pra 'ocês Toca outro vaneirão Dizia um índio velho Com jeito de bonachão Se arremangue ximangada Pra aguentar o calorão Vocês vão se arrebentar de tanto tocar vaneirão Vocês vão se arrebentar de tanto tocar vaneirão ♪ Não dá pra fazer uma vaneirão aí, tchê?