Ó o bugio da campanha chegando, moçada ♪ Vem chegando o bugio da campanha Estropiado da lida do dia Trabalhou que nem boi no arado Fez rodeio, marcou todo o gado De lambuja ainda fez a tosquia Domou potro solito no mais Castrou touro tal qual o monarca Quebrou o queixo do burro mais brabo Fez proezas no lombo do diabo E por birra deixou sua marca Seva o mate gaúcho, se apruma Faça espuma na taipa do verde Sirva logo esse baita bugio Que tá roxo de frio e babando de sede ♪ Recolheu trinta vacas de leite E por quebra fez toda a ordenha Se esquivando das unhas de gato Arrancou o touro alçado do mato Ainda trouxe três metros de lenha Quebrou sete quartas de milho E malhou umas dez de feijão Carneou rês para toda a peonada Fez charque, linguiça e rabada E do sebo um tonel de sabão Seva o mate gaúcho, se apruma Faça espuma na taipa do verde Sirva logo esse baita bugio Que está roxo de frio e babando de sede ♪ Fisgou peixe no olho da fonte Fez espera pra bicho traiçoeiro Laçou veado no meio da grota Perdeu o salto e sola da bota Nas pegadas de um cusco ovelheiro Ajudou uma lebre a dar cria Amoitada nas margens do rio No arremate do mate suspira Quem disser que isso tudo é mentira Que duvide de um outro bugio Seva o mate gaúcho, se apruma Faça espuma na taipa do verde Sirva logo esse baita bugio Que tá roxo de frio e babando de sede ♪ Fisgou peixe no olho da fonte Fez espera pra bicho traiçoeiro Laçou veado no meio da grota Perdeu o salto e sola da bota Nas pegadas de um cusco ovelheiro Ajudou uma lebre a dar cria Amoitada nas margens do rio No arremate do mate suspira Quem disser que isso tudo é mentira Que duvide de um outro bugio