Nas patas do meu cavalo Trago a alma do meu pago No nó do lenço gaúcho Toda história do passado Trago das guerras a glória Manuscritos em poesia Que os poetas da fronteira Conservam com galhardia Meu canto pra ti amigo Pode ser desconhecido Talvez até não lhe agrade E nem fique comovido Mas esta batida forte Faz meu povo se mexer E o coração de um gaúcho É um tambor no CTG A cavalo na verdade Não precisamos de esporas É o sotaque gauchesco Galopando mundo a fora ♪ Para um sou burocrático Para outro sou compadre Mas na verdade eu não bebo Água na orelha do padre Quando um touro sai do brete E vem me tirar pra bobo Esquenta o sangue nas veias E o cordeiro vira lobo Trago a poeira das coxilhas Na garupa do cavalo Num trote de dá inveja Ouvindo cantar do galo Aqui tudo é muito simples E o céu é bem mais azul Só quem vive aqui quem sabe O que é o Rio Grande do Sul A cavalo na verdade Não precisamos de esporas É o sotaque gauchesco Galopando mundo a fora ♪ As prendas do meu estado Espalham beleza ao mundo Desde a capital a serra Da fronteira Passa Fundo Das missões até o planalto É a mulherada que manda É a paixão do gaúcho E desse gaiteiro que canta Mas que barbaridade tchê Ba, que coisa mais que legal É o parque da harmonia Lá na nossa capital Na semana farroupilha O Sul é o cartão postal O gauchismo se expande E se vai até o litoral A cavalo na verdade Não precisamos de esporas É o dito gauchesco Galopando mundo a fora