Trabalhando, trabalhando Não viu a vida passar O suor que regou a terra Nem sementes viu brotar Trabalhando, esperando Enfrentando chuva e sol Enxada na terra alheia Nunca traz dia melhor Assim a geada dos anos Foi lhe branqueando a melena E este homem rural Hoje é peão de suas penas E este homem rural Hoje é peão de suas penas ♪ E quando as ervas campeiras Já não lhe curam as feridas Perdidos na capital Na esperança de mais vida Chegou, ficou e esperou Por uma mão estendida Por que o deixam tão só? Por que lhe negam guarida? Por que o deixam tão só? Por que lhe negam guarida? De que vale tanta ciência Para um pobre agricultor Quando a própria previdência O esqueceu num corredor Quando a própria previdência O esqueceu num corredor Esperando, esperando Enfrentando chuva e sol Enxada na terra alheia Nunca traz dia melhor Esperando, esperando Por uma mão estendida Por que o deixam tão só? Por que lhe negam guarida? Por que o deixam tão só? Por que lhe negam guarida?