Eu nasci naquelas terras Onde o minuano assobia Cevando a erva pro mate Chimarreando todo dia Sou gaúcho de verdade Na raça e no coração Gauderiando em outros pagos Mesmo assim nas veias trago O sangue da tradição O sol levanta cedinho E acorda o meu rincão E lá vai a gauchada Pra roda de chimarrão ♪ Quando bate uma tristeza Daquelas que a gente chora Dá uma vontade danada De largar tudo e ir embora Então eu pego a acordeona E deixo o fole rasgar Corro os dedos no teclado E num vaneirão largado Me esqueço até de chorar O sol levanta cedinho E acorda o meu rincão E lá vai a gauchada Pra roda de chimarrão ♪ Quando penso na querência Vem a saudade baguala E se acomoda no peito Numa dor que não se iguala Aí eu preparo o mate E chimarreio à vontade Me sento à sombra da casa Parece que crio asas Viajando nessa saudade O sol levanta cedinho E acorda o meu rincão E lá vai a gauchada Pra roda de chimarrão ♪ Terra buena e hospitaleira De um povo alegre e gentil Sua natureza desenha A bandeira do brasil Contrasta as neves do inverno Num céu tingido de azul E os trigais amarelando Com as campinas verdejando O meu Rio grande do Sul O sol levanta cedinho E acorda o meu rincão E lá vai a gauchada Pra roda de chimarrão O sol levanta cedinho E acorda o meu rincão E lá vai a gauchada Pra roda de chimarrão