Esta gaita velha chora nos meus braços Este peito de aço chora por amor Ficará na história através dos tempos Todo sentimento deste trovador Noite enluarada, fandango de galpão Cordeona e violão prá alegrar a moçada Charla e poesia e um amargo chimarrão Que passa de mão em mão ao romper das madrugadas ♪ Enquanto eu viver hei de honrar meu nome Se morrer o homem não morre a memória Quando chega o dia será a despedida Deixarei a vida para entrar na história Ao chegar no céu, não levarei o medo Falarei a São Pedro, patrono das alturas Pedir o silêncio em troco de barulho Não ter levado orgulho pra levar a alma pura ♪ E quando eu tombar com prazer eu digo Que entre os humildes não usei de luxo Só dei alegrias e cantei prá o povo Posso morrer novo mas morrer gaúcho Ser sempre lembrado em rodas galponeiras Trago e brincadeira se faz enquanto vive Fui homem de bem, tive um viver feliz Não tive tudo o que quis, mas gostei de tudo que tive.