Vamo', moçada faceira
Que a noite é campeira e só tá começando
O meu Rio Grande de outrora
No dente da espora, se vai tilintando
A gauchada se apeira
Pulsando na veia o sangue gaúcho
Chegue pra diante, parceiro
Que a luz é candeeiro e o rancho não tem luxo
Chegue pra diante, parceiro
Que a luz é candeeiro e o rancho não tem luxo
Ai, ai, é o Rio Grande tranqueando graúdo
Muda os tempos, as tranças, os tentos
Mas eu me sustento gaúcho e não mudo
Ai, ai, é o Rio Grande tranqueando graúdo
Muda os tempos, as tranças, os tentos
Mas eu me sustento gaúcho e não mudo
A madrugada chegando
A gaita chorando, o bailão tá enfezado
Que indiada fandangueira
Redemoinha a poeira no salão lotado
Um sapucay debochado
De um taura oitavado de goela afinada
E a clarinada de um galo
Desperta os cavalos, timbra a madrugada
E a clarinada de um galo
Desperta os cavalos, timbra a madrugada
Ai, ai, é o Rio Grande tranqueando graúdo
Muda os tempos, as tranças, os tentos
Mas eu me sustento gaúcho e não mudo
Ai, ai, é o Rio Grande tranqueando graúdo
Muda os tempos, as tranças, os tentos
Mas eu me sustento gaúcho e não mudo
É o meu Rio Grande gaúcho
De um povo sem luxo de sorriso franco
O mesmo ideal hermanado
Lenço entrelaçado colorado ou branco
Da cordeona à meia espalda
E da velha guarda sustentando a vaza
Num velho rancho barreado
No mate, num trago, num simples abraço
Num velho rancho barreado
No mate, num trago, num simples abraço
Ai, ai, é o Rio Grande tranqueando graúdo
Muda os tempos, as tranças, os tentos
Mas eu me sustento gaúcho e não mudo
Ai, ai, é o Rio Grande tranqueando graúdo
Muda os tempos, as tranças, os tentos
Mas eu me sustento gaúcho e não mudo
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