Uma vaneira da campanha ou da fronteira Traz a alma galponeira pra quem vive no rigor E pouco importa se é serrana ou missioneira Se levanta polvadeira nos fandangos do interior E um índio véio' das munheca calejada Que recorre as invernadas sobre o pingo companheiro Baile entretido nos encontros da patroa E acha a vida muito boa vaneireando no terreiro Uma bailanta sem vaneira vira em nada É uma estância sem eguada, meu patrão É rodeio sem gineteada, meu amigo Gaúcho sem chimarrão Mas quando solta uma vaneira da cordeona A alma fica redomona, meu irmão E a peonada se embala e vai pra sala E já começa o calorão ♪ Molha a camisa, toma um gole e mete um xixo Sai igual um carrapicho caprichando na figura Pois a vaneira tem a cisma desse assunto Que levanta até defunto pra bailar na sepultura Quando o gaiteiro fica besta e muda o passo Faz roncar algum compasso, já acolhera nas ilheira Os menos brutos vão sentar acadelado E o bagual mais irritado grita (solta uma vaneira!) Uma bailanta sem vaneira vira em nada É uma estância sem eguada, meu patrão É rodeio sem gineteada, meu amigo Gaúcho sem chimarrão Mas quando solta uma vaneira da cordeona A alma fica redomona, meu irmão E a peonada se embala e vai pra sala E já começa o calorão ♪ Uma bailanta sem vaneira vira em nada É uma estância sem eguada, meu patrão É rodeio sem gineteada, meu amigo Gaúcho sem chimarrão Mas quando solta uma vaneira da cordeona A alma fica redomona, meu irmão E a peonada se embala e vai pra sala E já começa o calorão