Num cerrito descarnado Perau de pedra e de tuna Clareado de blanca luna A moldura arredondada No arrancar da madrugada Se enxergava uma figura Lá no topo das altura Negra estampa apaixonada O verde pasto da pampa Pelo sereno molhado E o casal apaixonado Na noite de primavera Estar assim quem me dera Cobiçei de relancina Pensando na triste sina Do meu coração tapera Bombeava, bombeava o corvo pra corva E ela com ar de ronronar Retinta como a cambona Floreava o bico nas pena E o corvo véio torena Vaqueano e cooperativa Largou uma asa por riba Abraçando a linda morena (Solo de gaita, violão repete introdução) Lembrei de volta as passadas Num pala preto que tinha E o galopito que vinha Em direção ao povoado E sempre o mesmo bragado Pingo de rédea e de pata Lembrei também da mulata Por quem tive enfeitiçado Assim se deu o romance Pra quem se lembra o espanto E juro por qualquer santo E inté por nossa senhora Que descobri nesta hora A força bruta do amor E lhes digo sim senhor Que corvo também namora