Às vezes saio do corpo quando floreio uma dança Pois sou índio de confiança nos braços de alguma china Me brilha o sol nas retinas, o fogo corre nas veias O coração incendeia e a solidão se termina Nascendo assim meio bruxo em noite de céu fechado Me fiz mestre do carteado nos bolicho de fronteira Ganhando pela primeira me segurei nas esporas E espalhei Rio Grande afora minha fama de calaveira E espalhei Rio Grande afora minha fama de calaveira Se a prosa é tiro de laço me achego todo garboso Tenho parte com o tinhoso nesta lida campesina É coisa que o mundo ensina por pura necessidade De pealar as inverdades desta minha terra sulina De pealar as inverdades desta minha terra sulina O taura mostra experiência na hora do ferro branco Não sou anjo nem sou franco quando me cruzo no laço Desvio cada puaço que o desafeto me joga E depois num até logo mando o bandido pro espaço Se a coisa vai pros cartucho eu me sinto meio em casa Pois quem sabe se extravasa no meio das munição Se querem me dar lição, me busquem de bando inteiro Que eu sou louco e revolveiro de atirar com as duas mão E mesmo de mão vazia, sou seguro e garantido Não que eu me julgue metido, mas sou cheio de moral Meu braço é arma fatal que cala os desaforado E nos fundos deste estado não tem índio mais bagual E nos fundos deste estado não tem índio mais bagual Mas nada disso interessa se a gente vive sozinho E vai finando aos pouquinhos sem ter amor e amizade Essa é a maior qualidade que amansa o pior baldoso Pois nada é mais poderoso que os amigo de verdade Pois nada é mais poderoso que os amigo de verdade Mas nada disso interessa se a gente vive sozinho E vai finando aos pouquinhos sem ter amor e amizade Essa é a maior qualidade que amansa o pior baldoso Pois nada é mais poderoso que os amigo de verdade Pois nada é mais poderoso que os amigo de verdade Pois nada é mais poderoso que os amigo de verdade