Procuro no espelho da tarde uma razão Quem nunca ficou triste? Triste assim, num fim de tarde qualquer Triste assim, num sorriso de alguém ♪ Procuro lá dentro do peito uma razão Se é que uma razão existe Existe sim uma garganta em nó E um olhar aguado, misturado na gravidade do Sol No espelho da tarde, enquanto a luz doura Encontro a tua figura distante, difusa Memória de fumo Que um velho fio de prumo Alinha na vertical do chão que consegui contigo ♪ Procuro no espelho da tarde uma razão Mas o tempo não desiste Insiste e assim já é noite outra vez Triste, tu não estás outra vez No espelho da tarde, enquanto a luz doura Encontro a tua figura distante, difusa Memória de fumo Que um velho fio de prumo Alinha na vertical do chão que consegui contigo Espelho da tarde, enquanto a luz doura Encontro a tua figura distante, difusa Memória de fumo Que um velho fio de prumo Alinha na vertical do chão que consegui contigo ♪ É este quarto enorme, é este outono frio No olhar de quem não dorme, é o teu lugar vazio