Saio pelo bairro abaixo a procurar uma alma nova Subo as cortinas, desço a cidade Enxugo velhas lembranças Engulo a poeira, reduzo a mudança e fujo para a ilha Mergulho no sal da água morna Me esqueço das zangas Mas já não encontro o teu colar de miçangas Nem mesmo a baía das minhas mabangas Nem mesmo a baía das minhas mabangas Das macas antigas já não quero saber Mas os putos continuam a vir me comprar E ouço outra vez o batuque de sempre Me chama meu violão Os olhos cansados, o corpo dormindo, a cabeça não Os olhos cansados, o corpo dormindo, a cabeça não Volto ao cubico e vejo Casablanca na minha prisão Eu que sempre aprendi a dividir o pão sem quijila Com quem não tem nada, come o vazio e bebe a solidão Sonha-me Havana e o café onde mingue marcava o lugar Ainda não tinha esta espécie de tristeza polar Chego à varanda, dispo a camisa Estava sonhando, tudo desliza meu sorriso pós-gelo Só fumo atravessa o quarto esquecido Neste meu cacimbo, neste meu cacimbo