Acreditar Há existência dourada do sol Mesmo que em plena boca Nos bata o açoite contínuo da noite. Arrebentar A corrente que envolve o amanhã, Despertar as espadas, Varrer as esfinges das encruzilhadas. Todo esse tempo Foi igual a dormir num navio: Sem fazer movimento, Mas tecendo o fio da água e do vento. Eu, baderneiro, Me tornei cavaleiro, Malandramente, Pelos caminhos. Meu companheiro Tá armado até os dentes: Já não há mais moinhos Como os de antigamente.