Eu digo: não confie na bondade das pessoas Se alguns têm aquilo que todos precisam haverá conflito Pedaços pequenos são divididos e nós estamos a todo vapor, Pra onde não sabemos Necessidades ampliadas A chave foi roubada e agora eu exijo mais que apenas trivialidades Sobretudo, eu exijo as coisas boas da vida E o que eu vou fazer se tudo o que eu desejo é ilegal ou imoral? Irônica e contraditória, nossa voz denuncia a modernidade Em nome dos valores que a própria modernidade criou Se não agora... Se não você... Se não agora... Se não você... Você que aprendeu a ter olhos te vigiando E bocas dizendo o que é permitido Estamos cansados de mera informação, De temer o fantasma dentro da máquina De repente, da calma fez-se o vento e do momento único fez-se a trama E agora não pode passar É simplesmente como nós vivemos E nós miramos o alvo e atiramos, quebramos a lógica Desejar ser livres... O que pode nos impedir de tentar?