E aí, moçada! Olha, vocês talvez nem possam imaginar Que a mais ou menos 30 atrás Um dos maiores roqueiros de todos os tempos Já cantava, já fazia essa história que hoje fazemos Que é o chacongô misturado com esse suingue maravilhoso Que nós chamamos carinhosamente de brega Tu és o MDC da minha vida, tô falando dele Raul dos Santos Seixas, o imortal Tu és o grande amor da minha vida Pois você é minha querida E por você eu sinto calor Aquele teu chaveiro escrito love Ainda hoje me comove Me causando imensa dor, dor Eu me lembro Do dia em que você entrou num bode Quebrou minha vitrola e minha coleção de Pink Floyd Eu sei E eu não vou ficar aqui sozinho Pois eu sei que existe um careta Um careta em meu caminho, ah Nada me interessa nesse instante Nem o Flávio Cavalcanti Que ao teu lado eu curtia na TV, na TV Nessa sala hoje eu peço arrego Não tenho paz, nem tenho sossego Hoje eu vivo somente a sofrer, a sofrer E até o filme que eu vejo em cartaz Conta nossa história e por isso E por isso eu sofro muito mais Eu sei Que dia a dia aumenta o meu desejo E não tem Pepsi-Cola que sacie A delícia dos teus beijos, ah Quando eu me declarava você ria E no auge da minha agonia Eu citava Shakespeare Shakespeare Não posso sentir cheiro de lasanha Me lembro logo das Casas da Banha Onde íamos nos divertir, divertir (lembra, João?) Ma' é hoje O meu Sansui-Garrat e Gradiente Só toca mesmo embalo quente Pra lembrar do teu calor E então Eu vou ter com a moçada lá do Pier Mas pra ele é careta se alguém Se alguém fala de amor, ai-ah! Na Faculdade de Agronomia Numa aula de energia Bem em frente ao professor, professor Eu tive um chilique desgraçado Eu vi você surgindo ao meu lado Num caderno do colega Nestor, Nestor E é por isso É por isso que de agora em diante Pelos cinco mil auto-falantes Eu vou mandar berrar o dia inteiro que você é O meu máximo denominador comum