Vês, o que acontece faz sentido Há guerras que a nós explicam tudo E nesta tenho que voltar Lá, onde eu costumava ter pai Onde brinquei com elefantes Num quarto com vista p'ra uma zona comercial Vou libertar-me Vou deixar de odiar-te Eu vou pensar que não foi tua culpa, depois perdoar-te Vês, nada nunca é uma coincidência Todos querem ter preferência Mas não sabia encaixar Corri contra todas as vozes roucas Contra todos os filhos e os filhos que virão Vou libertar-me Vou deixar de odiar-te Eu vou pensar que não foi tua culpa, depois perdoar-te Vou atear fogo Até queimar memórias Eu vou matar os demônios até ver mudar a história Voltarei com mais cabeça Mais sereno e enrugado Vou andar pela a escola Sem me sentir amedrontado Voltarei pra te mostrar Nada me impediu de andar Nem tuas grandes frases feitas Todas as pancadas secas Vou libertar-me Vou deixar de odiar-te Eu vou pensar que não foi tua culpa, depois perdoar-te Vou atear fogo Até queimar memórias Eu vou matar os demônios até ver mudar a história Minha história, nossa história