Manhã candeia, sombra de casco A noite inteira passarinhou Só bebe o rio e o bebedouro É mau agouro, passarinhou Vou, vou levar minha viola, levar meu embornal Essa trilha dá em gente, gente nova, capital Vou, vou levar minha viola, levar meu embornal Essa trilha dá em gente, gente nova, capital A mãe lavando as pedras à beira lá do açude Com seu braço morno e rude o suor de quem passou Mas o filho era bruto, só crivado de rancor Fez da cor da despedida tardes do interior Vou, vou levar minha viola, levar meu embornal Essa trilha dá em gente, gente nova, capital Lá no poente se debruçando A sua gente se perguntou Por onde as águas desse meu rio Por onde o filho passarinhou Vou, vou levar minha viola, levar meu embornal Essa trilha dá em gente, gente nova, capital O menino foi campeiro Hoje empunha o embornal Desce rio, desce ribeiro Avançando o matagal A vida se faz nascente numa casa filial Chaminé tão saliente, é o curso industrial Vou, vou levar minha viola, levar meu embornal Essa trilha dá em gente, gente nova, capital Vou, vou levar minha viola, levar meu embornal...