Anos passaram depois da sua indigestão E os urubus ainda esperando A minha última oração Qual a chave do seu problema? Qual a conta da equação? Com quantos versos se faz um poema? Pra registrar a sua confusão Entre as árvores e as frutas nos ares Seus cachos castanhos querendo partir Na dança das flores, esquilos, castores O seu perfume a se despedir de mim Joguei um tarô pra descobrir Porque da sua boca eu não entendi Em um banco pra dois, um espaço vazio E eternas saudades ♪ O nascimento de um novo fantasma Mataram o xerife da cidade Um maratonista morrendo de asma Seu nome em todos os cartazes A sua imagem na esquina, nos bares As nossas peles sem interagir Olhos de coruja, me espere, não fuja Escute os sonhos que eu reprimi, enfim Joguei um tarô pra descobrir Porque da sua boca eu não entendi Em um banco pra dois, um espaço vazio E eternas saudades Assim, várias vezes aqui, a de cima parada Errei tudo? (Não, nada a ver) Deus! É agora, é agora, hein, é agora É agora, porra! (É agora, vai, porra)