A muralha que fizeste De tão forte, descontente Me contemplaste na matéria Na cobertura tua A muralha tu enfeitaste Enquanto capenguei ao quebrá-la Tu, muralha Brando forte marfim Em manso belisco Gargalhas, muralha Me fazendo, assim, vermelha Me dobrando azul Me quebrando em amarelo E o gelo dos metros Com o poço das horas ♪ Silhueta redonda Vaidade por afins, larará E lembranças paradoxas Curvam a bochecha Muralha Via láctea És meu reino dourado De vontades tão belas Tais quais pássaros Lararará rárara rarara rah És tu na gota da gramática E debaixo dos meus cílios No espelho quando filtro No almoço quando janto No final quando amanheço No mal estar, na Paraíba Em qualquer ponto que exista És tu muralha maldita Muralha maldita Muralha maldita Lararará rárara rarara rah (Lararará rárara rarara rah rarará)