Já fiz uns rap de revolta, já Outros que fizeram chorar Já quis a minha caneta de volta, já Quando as conta tentou tomar Por vezes me senti sozinho Claro que ninguém percebeu Quem come acha que o pão já nasce pronto Nem sabe o trabalho que deu E eu fui um disco rodando no fim O cantor na churrascaria cantando sozinho Tipo a criança cheia de brinquedo Sem nenhum amiguinho pra brincar O último gole do último bêbado Sentado no último bar Triste como um dia de folga sem sol Sozinho como o operador de um farol A vida é mesmo assim Uma peça que é só tua Coração de camarim A vida é mesmo assim Essa peça que é só tua Meu coração Coração de camarim As vezes meu coração é palco As vezes ele é camarim Penso em jogar tudo pro alto Depois recomeço do fim E por fazer o que ninguém quis fazer Por cantar o que ninguém quis cantar Dá a cara pra bater e crê Quando ninguém quis acreditar O circo pegou fogo, correram, fiquei Tentei salvar o que eu tinha Briguei com Deus e os bombeiro, lutei Mas não abandonei nenhuma linha Fui caneta sem tinta tentando escrever Ferindo o papel, machucando, até que Aprendi quando vi a folha rasgada Não existe vida sem carga A vida é mesmo assim Uma peça que é só tua Coração de camarim A vida é mesmo assim Essa peça tão só tua Meu coração Meu coração de camarim Caneta sem tinta tentando escrever Caneta sem tinta tentando escrever Ferindo o papel, machucando, até que Ferindo o papel, machucando, até que Aprendi quando vi a folha rasgada Aprendi quando vi a folha rasgada Não existe vida sem carga Não existe vida sem carga