Kishore Kumar Hits

Detentos do Rap - Som do Inferno şarkı sözleri

Sanatçı: Detentos do Rap

albüm: Eternamente (Ao Vivo)


Do lado de cá não adianta gritar
Esforço é inútil, não vão te escutar
De cima dos muros eu observo o que acontece
Nesse mundo sujo e paralelo
Não sei da onde veio, nem como surgiu
Maldade desonestidade, puta que pariu
Universo do lúcifer, cobra coral
Mundo do crime legião do mal
Eu quero me livrar, eu quero sair
Eu quero esquecer tudo por aqui
Aqui não faz... ali não faz...
São dois caras e quatro facas
Uma rua de número dez no Carandiru
Lugar abominável, horrível, lugar temeroso
Vidas humanas tiradas igual a de um porco
E o sangue escorre junto aos esgotos
Santa madalena no pé do altar
Ilumina o meu redor quando eu precisar
Eu tenho a minha missa de corpo presente
E lavo o meu corpo com água ardente
Não vai me purificar e nem lava a minha alma
Mas vai evitar que minha cabeça role pelas escada
Fim de semana dia de visita
Muito sorriso no rosto, muito homicida
Uns vêem as esposa outro vêrem os filhos
Um rosto familiar sempre é bom neste lugar maldito
Mas é bom se ligar...
Se der o milho na visita é lamentável, fatalidade
Segunda-feira sem lei
Vão beber o seu sangue na maior maldade
O clima pesa o tempo fecha
Lugar não se encontra pra escapa dessa selva de pedra
Rebelião, acertos de conta, batida do choque
E eu vou passando pelo vale da vida e a sombra da morte
Eu sou só mais um envolvido até a alma
Leão de ferro nesta porra petrificada
No meu rosto ninguém nunca bateu, haã
Graças a Deus
A minha honra eu guardo com a minha vida
Minha cadeia é oito mas ela se multiplica
Eu tenho meu veneno para destilar
E ele pode ser mortal se precisar
Um mano sangue bom tava indo embora de vencida
Mas fez a cena em um pá
Agora ele tem um 121 p'ra sumariar
"Cada lugar um lugar, cada lugar uma lei"
Besteira, a própria lei é você quem faz
Para sobreviver no mundo do Satanás
Um sorriso na cara, o odor da morte no corpo
24, 48, um pior que o outro
Eu tenho que ficar mai' ligeiro, eu tenho que me livrar
Tem uma pá de pé de breque aqui pra atrasar
Será que esse ano eu saio de condicional?
Será que em casa eu vou passar o Natal?
Os direitos humanos p'ra nós é cruel
Para as autoridades somo' só papel
Com tantos espelhos, vocês não enxerga
Cidade pombal por você espera
Siga a minha sombra, seja a minha imagem
Logo 'cê será só mais um triagem
Zona norte, oeste, leste ou sul
Cohab, Carandiru, você será só mais um vestido de mulher
Se não tiver atitude
Ladrão que é ladrão não nunca se ilude
O sistema abala, mas ele não me intimida
Camaradas é uma coisa, inimigo eu não perco de vista
Eu sou um cara pacífico, se é que você me entende
Ao mesmo tempo sou radiado pela maldade da mente
Se p'ra você tá legal, eu 'tô muito louco dessa vida
Seu currículo criminoso, eu rasgo e mijo em cima
Um moleque primário era humildão
E foi estuprado no oitavo pavilhão
Não teve atitude, não mostrou instinto
E foi morar no pavilhão quinto
Chegou o grande dia
Estou indo embora, fulano riu primeiro
Primeiro ele chora
Eu mando e se salvo p'ro seu camarada
Logo ele vai embora em um caixão de lata
Eu não acredito ele não é o cão
Ele está lá na rua
Eu estou na detenção
Terça feira, seis horas, fulano, carta
Agora você vai embora em um caixão de lata
Eu matei a sua mãe, sua mulher e seus filhos
Com seu pai e seus irmão', é o oitavo homicídio
A notícia foi foda não 'guento a pressão
Estuprador de cadeia morreu do coração

Do lado de lá não adianta gritar
Esforço é inútil não vão te escutar
Eu estou na minha, andando no campo sigilosamente
Eu estou pensando se jogo a tia em uma das muralhas
Mas a minha cabeça, os guardas estraçalha
Deixa isso para lá, não vou dar um motivo
Lá das muralha' eles não erram um tiro
Às vezes eu quero aprender a voar
Para escapar deste lugar
No mundo cadeia, aqui se vegeta
Abala sua mente como atmosfera
Almas desviadas, perdidas, penadas
Do seu universo, o Lúcifer dá risada
Diz o mandamento: "amem uns aos outros"
Mas até pela sombra você pode ser morto
Novela real que a Globo não mostra
A loção francesa aqui fede à bosta
Pilantra, safado, estuprador, dá o rabo
Pelo o código do crime, aqui é embaçado
O meu lema é um só e ele não se converte
Eu prego a verdade
O crime no "rap" é sinfonia satânica, chega mais perto detentos do rap
O som do inferno

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