Kishore Kumar Hits

Detentos do Rap - Ruas de Terra şarkı sözleri

Sanatçı: Detentos do Rap

albüm: Eternamente (Ao Vivo)


Vai pensando que tá bom, nêgo'
Detentos do Rap 2010
Vai segurando
A inocência se perde
No passar do tempo
E o aluno das ruas
Dita seus mandamentos
No excesso do beck
Stack, baque e crack
Playboy frente a frente
Boy, não reage
Rede Globo, Tela Quente
Fonte de inspiração
Aquele moleque das ruas de terra
De nove milimetros na mão
Sobreviveu varando duro
As madrugadas
Hoje é alguém no meio
Barra pesada
Dona Maria, tiazinha de periferia
Entristecida com a cria
Ao mesmo tempo sorria
Um sonho de casa própria
Geladeiras, microondas
E um carango na porta (na porta)
Uma conta recheada no banco do Itaú
Ei, boy, playboy
Ei, boy, playboy
Vai tomar no cú
Aquele moleque das ruas de terra
Agora é o cara
Até os boy' cresce o olho
Na sua caranga importada
Roubo de carga, assalto a banco
Tráfico de drogas
Roleta russa, pixucão
Passou na prova
Aquele moleque das ruas de terra
Conquistou seu lugar
No mundo do crime
É de se esperar (esperar)
Vi um moleque assustado correndo na favela
Mas sou feliz porque também faço parte dela
E o playboy folgado sorrindo da janela
Aqui quem fala é mais um sobrevivente
Das ruas de terra, ruas de terras
Ei, boy, playboy
Nem tá ligado como é difícil
Pra comer, pra vestir catando o lixo
Ver minha coroa
O dia inteiro ajoelhada
Pedindo pra Deus pra que alivie
Essa cruz pesada
Espere aí, escute aqui
Ideia vai, ideia vem
Se a ideia é essa mesmo, irmão
Então eu vou mais além
Dona Maria, tiazinha
Simples reservada
Se humilha lavando
A roupa da playboyzada
E quantas vezes encarando
O dia no lixão
Pedindo pra Deus pra que
O marido saia da prisão
Enquanto não acontece
O muleque cresce
Vivendo a realidade
Que muita gente esquece
No meio de prostitutas
Traficante e ladrão
Conhece as ruas
Como a palma da mão
Aos 11 anos formado ladrão de toca-fita
Aos 14, assassino de polícia
Aos 18 perito geral, ladrão de banco
Sequestrador profissional
Hoje minha coroa não sofre
Comemos do bom e do melhor
Temos uma conta salário
Uma cobertura na morada do sol
Aquele moleque das ruas de terra
Agora é o cara
Neguin' cabuloso
Crime da mala
Um belo dia, frente a frente
Patrão e ladrão
Toma de assalto, cai pra dentro
Sacode a mansão
Enquanto o playboy gelado
Tirava do bolso um rolex
Aquele sorriso na mente do pivete
Fez voltar atrás, rever o filme de novo
Só que sem maquiagem ao contrário da Globo
Sem bala de festim
Sem efeito explosivo
Sem playboy pra sorrir no final do filme
E a vagabunda amordaçada
No meio da sala
Com um cadáver forrado
Por joias raras
Ei, boy, playboy
Ri agora e chora depois
Sem dinheiro, sem joias
A morte ri pros dois
Um, dois, um, dois evaporei
E sumi no ar
Um sorriso do boy
Eu acabei de rancar (de arrancar)
Vi um moleque assustado correndo na favela
Mas sou feliz porque também faço parte dela
E o playboy folgado sorrindo da janela
Aqui quem fala é mais um sobrevivente
Das ruas de terra, ruas de terras
Quer um exemplo verídico
Eu vou te dar
Preste atenção no que agora
Eu vou citar
Aqui são fatos reais
Da vida de cão
Não é o meu passatempo
Rimar ficção
Cotidiano violento e de desigualdade
Capão Redondo, Jardim Angela
Goianases, Coabe 2
Itaquera, Francisco Morato
Ruas de terra, favela
O crime fala mais alto
Cê tem que ver o couro comer
Santa Catarina, Tiradentes, Mauá, ABC
Aquele moleque das ruas de terra
Sobreviveu
Mesmo da pior maneira
Aos olhos de Deus, de Deus
Vi um moleque assustado correndo na favela
Mas sou feliz porque também faço parte dela
E o playboy folgado sorrindo da janela
Aqui quem fala é mais um sobrevivente
Das ruas de terra, ruas de terras
Ah, como uma fênix ressurgindo das cinzas
Certo, mano?
O juiz mais justo é o tempo
Detentos do Rap 2010
Mano Reco, Daniel Sansi
DJ Colina, Maurício DTS
Vai pensando que tá bom

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