Cantamos pessoas vivas ♪ Cantamos pessoas vivas ♪ É por aqui que se começa ♪ Pelas palavras simples
Recusando a amargura Nas margens do poema Pelas pessoas vivas ♪ É por aqui que se começa Pela fúria de começar
Com a voz em liberdade
Sem muralhas no olhar Cantando pessoas vivas ♪ É por aqui que se começa ♪ Pela fúria de começar Usando palavras simples Cantamos pessoas vivas Ensinando-as a pensar ♪ Quando percorro as margens deste rio
Jogando letra a letra, verso a verso As ideias que hora a hora, dia a dia Me repetem, me ensinam O caminho do processo hora a hora, dia a dia Verso a verso Uhhh, uhhhhh ♪ Quando leio nas paredes o teu nome E sinto intensamente à flor da pele A estranha sensação de quem encontra Esse nome, o teu nome Voando no papel o nome do meu batel Liberdade Uhhh, uhhhhh ♪ Quando passo sob a ponte deste rio
A quem também chamei de Liberdade E sinto intensamente a alegria E encontro, e renasce em mim A fonte da verdade, o espelho da verdade Que o invade Uhhh, uhhhhh ♪ E parto a pensar no meu regresso E volto a pensar na despedida Acordo no país a que pertenço E aprendo, e repito A palavra proibida, a palavra esquecida Liberdade Uhhh, uhhhh-uh-uh-uhhh ♪ (Onde o branco da neve se confunde nas nuvens) (Onde a nafta das ondas se dissolve no mar)
(Onde os corpos flutuam perdidos no barco) (Regressam sem nexo ao secreto lugar) Onde ideias que fixam na minha memória ♪ Onde o som dos meus passos ecoa no ar E os sonhos que dormem no fundo do meu ser Me conduzem às portas do secreto lugar Onde Quando Como Porquê ♪ Cantamos pessoas vivas ♪ Onde um povo vivia na noite, de espanto Avançando pesado, lento e devagar Sonhando encontrar o limite da vida Nesse calmo, tranquilo e secreto lugar Só eu durmo tranquilo deitado na campa E acordo com raiva de me contentar Num espelho que reflete todas as paredes No meu calmo, secreto e seguro lugar Onde Quando Como Porquê ♪ Cantamos pessoas vivas