Os barracos de hoje são de alvenaria Não têm mais o silêncio da Ave Maria Hoje tudo é segredo e circula o medo Em cada viela Hoje o morro tem dono, também tem disputa Um total abandono, filhos que vão à luta Gente que não se cansa, poesia, esperança E amor à favela A música mudou, a rosa já não fala Não canta, nem sorri O encanto acabou, injustiça e dor É o que tem por aqui Crianças sem controle, sem o valor da vida Comunidade chora, mocidade perdida Mas 'inda tem malandro que chega tarde em casa E implora à patroa: por favor, me perdoa! Pra ficar numa boa Ensaboa, mulata, ensaboa Mas 'inda tem malandro que chega tarde em casa E implora à patroa: por favor, me perdoa! Pra ficar numa boa Ensaboa, mulata, ensaboa