(João, quem é você?) Eu não escrevo, eu dedilho o cerne (Cerne) Eu já não sinto e só toco arpa (Toco) Quem não tem faca então usa colher E é tipo assim que se encerra o arco Essa neurose eu sinto como verme (ugh) Quebre esse ciclo e encerra esse Karma (Karma) Seu peito é casa e o portão é você (Você) Muito cuidado com quem bate palma E o CNPJ que eu nunca vou ter Ainda sonho com aquele carro branco Na minha marmita eu não uso talher Nem acordei direito, mas eu já to pronto E eu que já não durmo Nem sinto o cansaço To sentindo o peito Mais furado que o calçado Estourei o chinelo, na volta do trabalho Eu sou muito novo, só que o semblante é grisalho Tipo hiperativo inimigo do descanso Eu tava cansado pra caralho Filho do descaso Buscando a solução pra ajudar não atrapalho Só quero minha cama pra fumar um Basquiat Deitar no travesseiro e ao mesmo tempo passear Não jogo o baixo jogo não aprendi trapacear Sigo pulando muro, tendo sentimento duro Os perigos da minha área eu aprendi a mapear Bah, pia, me decifrar Meu sangue vale Dracmas Vejo igrejas pelos vitrais Pecado pinga do maldito castiçal O erro dessa frase é terminar em "mas" Se não fosse eu? Seria féu Veneno no cálice, corpo de Korkov E a insanidade do Kelb em cada estrofe Em cada esquina tem memória Não conto vantagem diante da sua loucura Não te xingo, não te bato Eu não sou a ditadura Mas mexe com a família? Pode crer que silencio A sua vida é fina, e ela anda por um fio, afinal O Kelb arrebenta a merda daquele vitral Esses vidros coloridos tiram a cor dos ancestral A dúvida é antiga e a pergunta atual O B.lek remenda oque eu desfaço com esse mal Contamos como 3 desses pecados capital Plantei ervas daninhas como flores no quintal Meu ego ainda me diz que eu vou fugir desse umbral Sinto o gosto amargo do fel A bússola parada travou nessa capital Qual pecado permite a exclusão? E a forma mais escura vindo do lado abissal Cérbero no meu quintal, inteligência é tramóia Não tem meio ou parcial, é parafal ou paranóia Belicioso desde o berço, visceral, traumatizado Nos fones? Ouvindo um terço, lá dos anjos revoltado Depois que ventou o mundo é pleno, leviano Mas depois que vendou sou violento Pa pa pa pa para fei, com essa marra porque eu sei Que te irrita eu ser pretinho e mesmo assim abrir um MEI Diferente do João, você sabe, eu te avisei Roubar um carro na BR e assinar um 16 Pra pegar o HB20 igual desses caras playboy Ganhar de outra forma e tentar meter o pé da GOE Old school suficiente pra gravar som em disquete No CIC eu sigo firme pegando a 277 Fui pro trabalho ouvindo "Artigo 157" Eu to de mal com o mundo, domingo à tarde Já filmei um, ligeiro com os moleques Vamo escrever mais uma antes que esse mundo desabe Minha rua é coração, e eu já falei pro Santos Talvez eu disse dormindo enquanto apavoro sonhos Enquanto penso no santo, enquanto sigo com sono Peregrino só caminha, por isso nós é Pé 2 Exorcizando a carne Eu vou ser alguém procê lembrar lá em novembro Tipo no dia 2 A vida nunca foi doce O amargo do sangue escorrendo pela foice Escorrendo pelo que o destino trouxe Uma carta na pele da saudade que não coube Mistura de MJ com Kobe Ouve aqui minha mazela Relatos e retratos vindos da atmosfera Esconde a sua fera dentro do seu calabouço Nem tudo é como espera A vontade venera o gatilho pelo impulso Se o caos me habitar, minha pupila irá cantar Corações se enganarão pela vã percepção De que todo sim, uma hora irá ser não Sou inspiração A pura confusão aplicada na equação Mas tudo que é cheio um dia foi vão Vazio ou frustação O que encosta no seu teto? Ódio e pixo reto, homem é bicho do mato Contradigo os fatos, oque que cê faz pelo medo? Eu conto nos dedos cada rasgo nesse peito Como anda seu processo? Devagar e firme, e tentando Tipo me matando Mano eu já não vivo Eu só dedilho o tempo