Carai B.lek, saca essa voz aí mano Aprendi a fazer uma voz diferente Vou começar rimando aqui pra você, tá ligado? Ei, ei Chegando no mic gritando "carai" Meio pra frente no estilo "vai vai'" A rua é só nossa não caia pra trás Olhe pra cima e veja oque nos faz Arebento umas cerca pique alcatraz Santos mudou tudo Espanquei Saturno B.lek moldado a ferro e chumbo Finquei na estaca e botei pra rodar Agora eu devolvo os murro do mundo A vida é confusa por isso to eclético Flor de mentira acaricia o ego Eu moldo verbos, descascoa laranja Vim do Vila Sandra, gosto de planos Duro igual planta, não fumo verde Misturo amarelo com azul pra chegar até ele Minha garganta me aperta igual tênis Sou mais as tira, odeio tira Tira pra louco e passamos por cima Gosto da minha vila com as rotatória, odeio giratória Eu não to pronto pra entregar minha vida E perder os malote agarrado na porta Vê se me solta, não me segura E esquece que eu existo Virei vitamina que limpa o tímpano, analise de fora Antes é "before", nós é "thogeter" Sábio tipo tartaruga correndo igual lebre Sinto que eu não preciso de ajuda O orgulho me espanca devolve o favor na minha nuca Fuja (Fuja) Fuja O escravo fujão, não falo assim que eles me bate Marcas do passado rasgando o peito Cabo do oitão na mão do covarde Nosso futuro é cela ou leito? Sela seu... karma Acende a vela que o gato queimou Olha no ponto que a faca encrava Onde transformo a verdade em caô Me sinto lindo se tô de nagô Pra você importa a cor do meu sangue Por esse motivo meu povo sangrou É difícil que eu mostre os dente Abotoo a fivela, sei que é dia de preto Meu debate com as minhas mazelas, o erro é acerto O tempo selou o meu peito Não existe eu mais ela Vivo um romance com a minha raiva E só um lance com a minha sequela O descaso não caminha, ele paira A vaidade é sozinha e sincera Fala pro Gepeto que o seu filho quer ser de verdade Se eu pudesse eu vivia na lábia Mentira Eu sou só um tolo, a ignorância que é muito sabia E faz a inocência cair na armadilha Por isso eu digo "se vá, dia" A noite meu corpo q vagueia A felicidade tá tardia Ela não passou na rua da biqueira (Rua da biqueira...) Marcas no meu coro (coro) Me sinto Oroboro em Samsara Minha existência é tão cara! Então Cara, todo tempo é pouco Amor troco e pessoas são raras Falhas e falhas até que eu não falhe Palavras pesam, mesmo que eu não fale Firmeza em machado ou leveza no entalhe Até que encontre-se o cerne ou carne Mármore racha, pesa murmúrios Pediram-nos pontes, erguemos muros Seu silêncio grita, ouça o sussurro Separo oque querem do quanto supro Trocas e trocas até que eu me encontre Não drogas e drogas até que eu me perca Folhas e folhas até que eu me escreva São várias semanas e a mesma terça A chuva molha as maçãs Os encraves da testa mostram surpresa Se hoje o medo é prato principal Espero que a esperança seja sobremesa Espero que o céu amanheça turquesa Mas fácil cinza, aqui é a capital E mesmo que a esse padrões não pertença O destino quer me fazer fractal É Sobre toque, e tal Pele ou espectral Pois se o peito é portal O abraço é vital! O tempo é brutal Desde que ela se foi Não fico mais ansioso pro natal Pecaos disse que meu peito é barco Então meu remo é rima E eu escrevo o rumo João disse que o que sinto importa E se importa eu rimo E se não escrevo sumo Em tempo de guerra? Faça arte Em tempo de ódio, irmão Não faça parte E eu ainda sou parte desse vício Ou eu me reciclo ou o ciclo não parte Preços no encarte Faces na vitrine Pra que se encaixe? Você se comprime Apequena a grandeza Pra caber na caixa Ate que chegue o ponto Que nem ce se acha Acordei com medo Nem sei o quanto Minha guia no peito Enquanto o ponto canto O pensamento de hoje? Não se cobre tanto Me preparo a anos Não me sinto pronto Nunca Diga que nunca conseguirá Irmã você é grande Culpa De não fazer Mais que o erro consumirá Nada é tão distante Dores me cobram prece E eu Rezo A vida me cobra o peso E quanto! Datas me cobram pressa E eu corro E o tempo cobra o preço E ponto