Vou vazar antes que eles me achem Rap sujo aqui é de parche, Sensível ao contraste, não imploro que contrate Minha sina é arte fi, minhas rima é artifício, expande a realidade Por isso não compactuo com visão compact Pode tentar me rastrear zé polvin, Que a loc eu só explano pra ela vim C'est la vie. Leve com quem tá aqui, sempre foi assim E nessas linhas: The dark side of mim Pink e cérebro, rataria do século, dominando esse mundo acéfalo Cês não mata a fome só fomenta Eu trago dose bem servida com beats de napalm Underground um prato de massa cinzenta Para todos faz parte o clamor, o suplicar Mas esperar sentado faz favor, não vai ajudar Não quero nada de graça, só o que mereço Por isso eu nunca fico a Deus dará Partículas de prana, meus cânticos em mantra, enquanto a alma sangra No solo terão sementes e serpentes, lanças, espinhos mas Se tudo fosse flor, o que seria de outras plantas? No fundo o mundo é de quem dança, no baile da existência Bondade é uma constância, mas em excesso vai mantar À semelhança entre o amor e ódio É que qualquer um dos dois pode cegar SOMALI Cortando com frequência sem perder o brilho... Apenas retirando alguns ruídos Uma sonoridade que não cabe aqui dentro Coração tá batendo, por isso que eu grito Sei que não to sozinho faço parte de um coral Estreito é o caminho apesar de ser astral Me passa o chapéu que eu vou fazer um estudo Passear por isso tudo e ver que nada é real Só isso é de verdade o som que é espontâneo Não algo momentâneo, e sim atemporal Não toca só no verão, arrasta temporal Soprando o vento sul, é o som do litoral DAVZERA Direto da bagunça que traz genialidade Eu to de pulmãozinho aberto, vim do norte do Brasil Nordeste meu quintal, vi as ruas, vi o barro... Pedi licença aos guardiões da musical Música é coisa séria pressionando se anestésicos Querendo din onde vários precisam mais que eu Eu tenho as armas para suprir necessidades Esses escritos vêm à mão, saem no tapa Boom Bap é o resgate, salute, jah bless... Não desço mais correndo sem antes ver quem tá embaixo Castelos quebram fácil, muros de contenção Sem cuidado logo fácil viram cacos Volta da França, de bike monark... Pisou na areia como se fosse a última chance Na tv os programas de domingo Todos se divertiram, não pagaram os dançarinos