Observo uma fresta de luz, invadindo meu quarto escuro,
Deixando notável a poeira, que ainda está entre nós
Todo mundo possui uma cruz, um lado insensato, um lado inseguro
Um lado certeza e outro sem rumo,
Compondo esse muro que forma o que nós somos
Donos do instante, amantes do futuro,
Ignorantes quanto o assunto é
Nossos modos, jugos, olhos, aflitos por outro contato,
Na malícia encontram refúgio
Levando a lugares que a alma não vai junto
Uma coleção de dúvidas, pra um um acervo de perguntas
A respeito de um montão de músicas que fiz,
Em algumas eu mesmo respondo
Cartas pra mim, em outras pode ser resposta pra quem dispôs a ouvir
Já que não sei quase nada, tento me garantir na redação
Verso livre, nele vivo, minha oratória, minha oração
A vida sempre foi múltipla escolha,
E possuímos diferentes folhas, e escolas
E a comparação não passa de uma cola
Sem aplicação, sem aprovação, somos apenas a suposição
De uma mente que insiste e dizer que não para si, sem redenção
Colocando eu mesmo
Como o primeiro a ser cobrado e o último na fila do perdão
Tempestades, tentativas, seguem abrindo feridas,
Quebrando os tetos de vidro
Os cacos cortando minha sola
E eu tentando arrumar a bagunça. (por que?)
Sempre vai tá mais exposto quem não veste carapuça
REFRÃO
Eu vou botar minha blusa,
Buscar nesta madruga o que me traz de volta a bússola
E mesmo se não funcionar, não confunda,
Não existe limite pra tentar, o importante é ir mais uma
Eu vou botar minha blusa,
Buscar nesta madruga o que me traz de volta a bússola
E mesmo se não funcionar, não confunda,
Não existe limite pra tentar, o importante é ir mais uma