A vontade de querer ganhar seu espaço junto com seu bando A vontade de rodar o mundo fazendo som é o que eu chamo de fome Fome, Murica, 2000 e sempre Nem divino, nem diabólico, psicodélico Nem celeste, nem satânico, um pouco cínico Meu bando vem do íntimo, do subterrâneo Pesadelo dos tiranos, chama o síndico Mais um vira-lata latino-americano Boom Bap como religião Urbana legião Uns vinte como eu, poetas destinados a seguir na contramão Doce ambição Novos fumos, rumos, ideias Skate na veia, morar com ela Comer vivência e cagar na regra E se não for pedir demais, inspiração pra escrever mais essa Peço E apesar dos tropeços Me sinto vivo o o o Então rezo e agradeço Me sinto vivo o o o Vivo o o o Muleque, Rap é afinidade com os traços Não é só comprar a tinta, é intimidade com os quadros Isso tá conectado com a raiz, é a vantagem de se andar descalço Então queimo sapatos Vida simples inspira, a complexa mata Se deixar invadir a Babilónia te cata Mas aqui não passa Eu tenho a besta de besouro e no bolso, a navalha Morreria pra escrever, matei minha razão Eu comeria a rua, passaria a fome, escreveria pão Sanidade? Loucura? Quem vai dizer? Quem tem razão, hein? hun? E apesar dos tropeços Me sinto vivo o o o Então rezo e agradeço Me sinto vivo E apesar dos tropeços Me sinto vivo Então rezo e agradeço Me sinto o o