Opa, e ai (e ae) Parte um Pode ser? Do fundo da caixa de pensamento, o batimento dita o ritmo Incita o ritmo, o íntimo se expõe No sentimento que recito (Reflito) Enxergo-me nos vocábulos que tornam-se sentenças Aguardo paciente o veredito (Culpado) Presença no legado de quem veio na sequência pela ponte que Fiz sobre o que achavam e o que nunca procuraram Nunca cobrei pedagio ou comissão dos que lucraram Meu nome é Fundamеnto (Pensa nisso, é verdade) Mеnte base, verso ácido (Química) Tô na mesma classe do, Neto de, Chico Benedito Gente que eu acredito, rimo junto e admiro Respiro Contagem progressiva até o próximo episódio Nunca viso o pódio quando corro pelo certo Nem fico perguntando se tá perto, só sigo viagem Arte é sentido e quem faz é destino da inspiração Não cabe em definição É sentir o chamado e deixar fluir É só um aparte Então Deixa minha arte respirar Me deixa respirar arte Deixa minha arte respirar Um pedaço da minha alma na mão de um marchand O que traz minha calma virando merchand O que eu já vi da vida e contei num divã Dividi com quem quis, não foi pra ganhar fã É meu ganha pão, mas nem por isso eu faço qualquer negócio Faço o que eu quero e gosto, no tempo que eu quero e posso Do tempo que eu nem pensava que um dia seria assim Que alguém daria ouvidos e alguma atenção a mim (Amém) Fazendo arte além de acessório Ser necessário e não de auditório Útil num tempo onde tudo é volátil Fácil acesso, a cara é portátil E já não se faz como antigamente Mas pra ser raiz é preciso semente Pensante nesse solo fértil de rima e batida Escambo pelo justo e minha cota quero em vida e é isso Arte é sentido e quem faz é destino da inspiração Não cabe em definição É sentir o chamado e deixar fluir É só um aparte (a partir) de agora Mão na massa, nada vem de graça Mão na massa, nada vem de graça Mão na massa, nada vem de graça Mão na massa, nada vem de graça