Santa Maria Ganja, ganja, mãe de Deus Musa da minha poesia Quanta magia Livrai-me dos fariseus Libertem Santa Maria Corre e tira a roupa do varal Porque o tempo fechou Vai chover no meu sarau Um raio veio do céu Plantou no chão uma planta surreal O homem avarento com o seu pensamento mau Oh, meu senhor Não é apologia não Meu uso é cultural Tem bula e medicação Você me passa o mel O problema todo é comunicação A indústria mais cruel É a indústria do cifrão Mas João fazia rap Foi na boca comprar um beck Pra sua mãe Luzia Que sofria de diabetes e esquizofrenia E outras doença da alma que ela nem dizia Favela CEP, Virgem Maria Acode o filho de Santa Luzia Foi abordado pela viatura E obrigado a dizer o que não sabia Literatura, mas, todavia Essa ferida social não tem sutura Oh, meu senhor Não sou bandido não Sou pobre, mas minha mãe me deu uma boa educação Passei dificuldade e na cidade vi o homem-cão E as imbecilidades que distraem o coração Já meu tio Tião do Caminhão Que mora em Sepetiba acha que Deus tá boladão E diz que baseado é coisa de lerdão Mas a velocidade tá importando menos do que a direção Santa Maria Ganja, ganja, mãe de Deus Musa da minha poesia Quanta magia Livrai-me dos fariseus Libertem Santa Maria Santa Maria Ganja, ganja, mãe de Deus Musa da minha poesia Quanta magia Livrai-me dos fariseus Libertem Santa Maria Libertem Santa Maria Libertem Santa Maria Santa Maria Perdoa esse pecador Receba essa poesia Proteja todos os povos originais e sua etnia Boa noite pra quem é de boa noite Bom dia pra quem é de bom dia Everybody dance, tia Esse é o golpe da fênix E eu sou o fantasma de Hendrix Eu te amo, mas não pisa no tênis Se eu não te esqueci, te vejo em Vênis