Na madrugada acordou O fuso o enganou Sem pensar, foi pro elevador Nem se abalou, não virou Pra moça do bar olhar A capital despertou Pro hotel então voltou Eram dez quando telefonou Pediu café, leu em pé O velho jornal, local Está sempre só Não sente falta Está sempre só Da sombra não se separa Está sempre só... No taxi, o frio deixou O calor do motor esquentar O seu rosto sem cor, seco demais De um lugar, distante pra se lembrar Na areia gasta do mar No cinza do olhar, relembrou Era setenta e oito, livre afinal Sentiu ser, seu próprio prazer mudou Já estava só Não se importava Já estava só Sua estrada fôra traçada Já estava só ♪ Está sempre só Não sente falta Está sempre só Da sombra não se separa Está sempre só... Na areia gasta do mar No cinza do olhar, relembrou Era setenta e oito, livre afinal Sentiu ser, seu próprio prazer Sem ser formal E nem sentimental Livre afinal