Todos os homens têm um mesmo nome, chama multidão Tem a mania de ter fé na vida e a mesma ilusão De crer que tudo vai mudar, vai melhorar Nossa condição De homens tristes, corpos cabides vestindo solidão E a vida passando pela janela dentro do vagão do trem Que vai levar além, além Além do que virá Sem direção ou razão pra continuar Só extinção sem medo do que vai chegar Corpos no jardim, peles de marfim Espelhos de quem não vê Tardes são assim Nunca tem um fim Esperam sobreviver Noites sem dormir Caiam sobre mim Me deixem envelhecer O que eu não fiz E o que ainda hei de fazer? ♪ Novas constelações vão fugir de nós até virar Outra galáxia, outras estrelas Que ainda vão brilhar até Criar a maré que irá criar a nova estação Outros planetas, outros quintais Nova civilização irão nos salvar Jogar este mundo em outra dimensão Até mudar o horizonte Até levar o sol daqui Leve meu sol, leve meu sono Meu calor Leve meus olhos, minha carne Por favor Quem é que me vê? Eu mesmo me verei No dia em que eu renascer? Eu serei um rei? Ou serei ninguém? Quem é que vai me dizer? Criarei nações Homens ou leões? Um tempo pra se perder? O que eu não fiz E o que ainda hei de fazer?