Do muito que fiz pouco realmente quis Pensava: Contando, pesando, alferindo, voltando Sem saber que saber é cantar trabalhando e fazer cantando. Que cada coisa fica até você; E com atenção, minudência ao passo ensina E sina, sina, sinais Sempre juntos quando há lente atento. Do muito que fiz pouco realmente quis Chorava: Por não querer, para tentar esquecer sonhando Sem saber que a liberdade é disciplina e disciplina é alvedrio. Que cada ato fato é construção E se consciente respirar se toma guarda Livro, livro, livre és na busca e volição desejos. Do muito que quis pouco fiz Desistiria: Correndo, esquecendo, dormindo, esperando Que a vida amorteça, que passe de leve. Ansiando o normal, feliz por igual A deitar-se na rede a tomar Junto a TV nova segunda: trabalho... Do muito que fiz pouco realmente quis Por fim: Bombeando aos loucos, baladas e cantos e apresei Que há o desejo da busca, achados, desígnios e o fito: Que cada embate é posse se advir; Optar, canalizar e devotar são brios, rio, rio riso, Risonho é assimilar e descobrir Q'eu sou o recanto de mundo Adondes posso... (nem pensar)