Fizera pouco em tê-lo deixado todo quebrado Desfigurado, irreconhecível até pra mãe Mãe, olha só que legal, carro que eu ganhei no natal Tu que me deu, disse: "Cuidado pra que não arranhe" Menino doido, tu quebrou até os friso Tem noção do prejuízo? Acho que o teu véio vai te matar Os olhos dele esperando o carro do ano Um modelo italiano Que acabaram de inventar (Carrão da porra, tu pisava, ele voava) (Tu freava, ele ancorava) (E eu lá dentro a me debater) No bate-bate (com a cabeça no volante) (Voei pelo vidro da frente) (A raiva preta eu não pude conter) O sangue quente Cortei a testa, quebrei os dente E toda aquela gente Peste, num vem ninguém me ajudar Nem se mexiam, pior que isso, eles riam Teto preto, o tempo fecha, os ovo inflama Hora docês cantar (Eu quero é ver o oco) Só na mãozada eu deitei seis, mas detestei matar (Eu quero é ver o oco) Sem controle, tocando fole, é hora de dançar ♪ Meu ódio por automotores começou cedo Depois que eu tranquei os dedo na porta de um Opalão Meu pai de dentro (se ria que se mijava) Achando que o filho festejava, era dia de Cosme e Damião Depois do dedo, foi o braço, a perna, as costa Tu duvida, bate uma aposta Pois muitos vão lhe testemunhar Tanta fratura que deixa a doutora louca É pino até no céu da boca Tu cansa só de tentar contar (Eu quero é ver o oco) É pedir muito uma enfermeira vir me ajudar? (Eu quero é ver o oco) Uma enfermeira, gente boa, vem me medicar ♪ Eu quero é ver o oco Eu quero é ver o oco