Nuvens são penugens São plumas, plumagens Conforme o vento vai soprando As nuvens formam imagens Figuras de elefante, bebê sorrindo Ou o rosto da pessoa que você mais ama Figuras de elefante, bebê sorrindo Ou o rosto da pessoa que você mais ama A nuvem quando chora derrama Lágrimas de gotas de água doce E quando está furiosa Dispara raios e relâmpagos De Iansã ao som dos trovões Existem ainda a neblina E o nevoeiro, a névoa São nuvens diferentes e imensas Quando o vento não sopra Vem a calmaria E as nuvens parecem estar imóveis No entanto transfiguram lentamente Tudo nasce, vive e morre Pois essa é a nossa condição Ainda bem que depois da morte Vem a ressurreição Tudo é mistério e a graça divina Das pedras, das nuvens e de nós Seres humanos e desumanos Pelo destino, por nossas escolhas Enfim é um fim sem fim Com buracos negros, Big Bang E o principal é o amor Que vem do coração Das nuvens, pedras e átomos E de quem canta essa canção Quem canta, encanta Ainda mais quando vem lá do céu Que é o meu anjo da guarda O anjo Rafael Shalom, shalom, salamaleico. Oxalá