A luz que trago na ferida do tempo É fruto maduro de um pé de dor Mordido e revelado podre por dentro Feito fel, feito ouro Cardume vago à justiça do tempo E o coração morto na curva de um rio Das veias abertas de latinoamérica O sangrar é Brasil E o Sol Que salgou Tanta dor Tanta cor É um só Cobertor Que afagou Tanto ardor E o sol Vem de novo É o povo É o povo É um só Brigador E ao se pôr Lua dilata o meu pensamento Jongo rompe a madrugada Canta o povo na congada Dança e brinca de umbigada Manhã que mora no meu nascimento Roça a terra semeada Canta e brinca a passarada Brilha feito espelho d'água Lua dilata o meu pensamento Jongo rompe a madrugada Canta o povo na congada Dança e brinca de umbigada Manhã que mora no meu nascimento Roça a terra semeada Canta e brinca a passarada Brilha feito espelho d'água A luz que trago na ferida do tempo É fruto maduro de um pé de dor Mordido e revelado podre por dentro Feito fel, feito ouro Cardume vago à justiça do tempo E o coração morto na curva de um rio Das veias abertas de latinoamérica O sangrar é Brasil E o Sol Que salgou Tanta dor Tanta cor É um só Cobertor Que afagou Tanto ardor E o sol Vem de novo É o povo É o povo É um só Brigador E ao se pôr Lua dilata o meu pensamento Jongo rompe a madrugada Canta o povo na congada Dança e brinca de umbigada Manhã que mora no meu nascimento Roça a terra semeada Canta e brinca a passarada Brilha feito espelho d'água Lua dilata o meu pensamento Jongo rompe a madrugada Canta o povo na congada Dança e brinca de umbigada Manhã que mora no meu nascimento Roça a terra semeada Canta e brinca a passarada Brilha feito espelho d'água Será que é tarde ou ainda dá tempo de salvar o Brasil?