Ela não vê que eu sou um exemplar de macho raro Um seguidor determinado da monogamia Ela não vê que a minha vida vira uma agonia Quando a procuro pro chamego e ela não tá do lado Ela não lê o lado certo do meu pensamento O lado aonde sobrevoa um anjinho barroco Eu passo, lavo, faço a janta, vigio seu sono E ela me diz na cara dura vendo o meu sufoco Que meu amor é pouco Que meu amor é pouco ♪ Sou um canceriano calmo como um carrapato A minha garra quando agarra não larga tão cedo Tenho medo que ela não sambe com meu samba enredo Se eu me arredo, ela vem deitar na minha rede Ela não crê que sou um ser humano dependente E ela é igual, pra mim, tarja preta pra louco Eu faço birra, choro, berro, se ela me abandona Ela me diz tranquila enquanto esmurro o reboco Que meu amor é pouco Que meu amor é pouco ♪ Que meu amor é pouco Que meu amor é pouco ♪ Pego meu pandeiro e toco coco embaixo de sua janela Jogo uma rosa amarela Faço um fuzuê no fundo do seu quintal Pra ver se ela sai da toca, se ela se toca, se ela me vê com olhos de carnaval Se ela quiser saber como é que eu vou sem ela Vou mal Se ela quiser saber como é que eu vou sem ela Vou mal ♪ Se ela não tá, meu violão se tranca no armário Se ela não vem, meu coração, a saudade consome Viro resto de fim de feira, carne que ninguém come E eu viro bicho, eu viro a mesa, me viro e durmo Eu torço até pra que o flamengo ganhe o campeonato Só pra ver traços de felicidade no seu rosto Eu fico roxo, eu fico murcho, mas a deixo morta E ela sussurra em meu ouvido com seu timbre rouco Que meu amor é pouco Que meu amor é pouco ♪ Que meu amor é pouco, é Que meu amor é pouco ♪ Pego meu pandeiro e toco coco embaixo de sua janela Jogo uma rosa amarela Faço um canjerê no fundo do seu quintal Pra ver se ela se toca, se ela sai da toca, se ela me vê com olhos de carnaval Se ela quiser saber como é que eu vou sem ela Vou mal Se ela quiser saber como é que eu vou sem ela Vou mal