Sou a madeira que sempre fico na bera Perfume de sarro e cera Que dança no seu beicinho É evidente que sou preso pelos dentes Chaminé dos inocentes Embebedo de mancinho Sou pau de boca de saci amajistrado, Desejado e adorado, Alimentado pelo fumo Mata cachorro bem capacho distraído Carimbado e mau vestido Que eu num sei qual e meu rumo Sou a birita mescla de cachaça e mel, Cabeça seca pelo céu Pela chama do atrito No meu fornilho se deita qualquer tabaco A chupada me faz fraco Sou um verdadeiro pito Seu pensador vê se decifra para mim Eu já passei por tanto horror Porque é que não morri? Será que é só pra manter o combinado Que pra ter um chupador Ter que nascer um já chupado? Tá assustado? Tá assustado? Tá assustado?