Pude então Estar aqui Sem recordações Do que vivi Só no pensamento Timidamente eu ouvia sua música E sentia os estalos do seu caminhar Eu queria ter minha foto estampada em sua blusa Minha carne em sua unha Dentro e fora de você Molhando a minha língua Abrindo a cortina Iniciando a rotina Ativando os calafrios Sinto a pele esquentar O espelho e as verdades O objeto das vontades O espelho e as vontades O objeto da verdade Deita-te comigo Sem tu mesmo estar aqui Dance nos meus sonhos e me implore a pedir Para que eu abra os olhos. Quente como asfalto Os lábios se tocam O vento sussurra Um murmúrio de arrepiar Sufoca-me O sangue treme As pernas fervem Respiro a volúpia dos encontros casuais Sufoca-me Mata-me depressa Perco a voz Quero mais Meus sentidos estão apurados Perco a voz Quero mais Ardente e quente como asfalto O suor embaça os meus olhos E o calor me derrete pra você O sangue ferve Silêncio e a vontade de gritar Respiro, perco a voz Mormaço Mata-me depressa