Entrou no bar, sentiu a barra, imediatamente pensou Chocante, chocante, chocante Foi pro balcão, fez um ar chorão, pediu um Dreher, virou de vez Chocante, chocante, chocante Sentiu que melhorou Procurou uma mesa e sentou Pediu uma pinga e pensou Chocante, chocante, chocante Ele virá? (Virá!) Ele virá? (Sim, virá!) Ele entrará, tenho certeza, não me crocodilará Eu não sou feia (é sim!) Eu não sou má (talvez) E então por que será então que ele não me adorará? É uma injustiça... (ta aí, não acho não!) Será? E então falou assim Com a sua voz estranha Sua boca inchada e carmim... (andava sempre assim) Ná na boate ela tá sempre torta! Se ele viesse Eu iria lhe dar O que quisesse aqui no meio desse bar (que absurdo) ♪ As horas e as bebidas foram consumidas De bela ficou feia, de boa ficou má ♪ Ele não veio, ela pensou Já se sentindo quase expulsa daquele bar, se retirou Abriu a porta, e já na rua Olhou pra lua e de repente começou a uivar ♪ Chega! Que absurdo! ♪ Foi encontrada na madrugada, fechadona como um tatu Caidona na calçada, é recolhida pelo DLU E numa chapante, e naquele instante E numa irritante, gritou Chocante, chocante, chocante Chocante