Lá vai Correndo na linha, chiando nos trilhos, varando o arraial Jaqueira, mocambo passando ligeiro Que nem um filme no cine Brasil Moleque no estribo: gritando, vaiando É dia de festa, é o bonde que vem E nesse pagode na festa final Ei alá vai o bonde, ei alá vai o bonde Ei alá vai o bonde, ei alá vai o bonde Levando a sinhá, Coronel Zé Paulino e a filha mais nova Ele passa enfeitado cheinho de gente na rua da Aurora E faz terminal lá no Pátio do Carmo No bagageiro se ouve um aviso É o motorneiro soprando o apito Recomeça a festa é o bonde que sai Recomeça a festa é o bonde que sai Tinha um apelido esse bonde amarelo Chamado lambreta todo desbotado Sumiu na distância, sumiu no passado Ei alá vai o bonde, ei alá vai o bonde Ei alá vai o bonde, ei alá vai o bonde