Quase febril de folia, Vestindo euforia, estado de sol Não volta mais, Aperta nó, desperto só Junto da rua, quimera, Nos céus de outrora azuis ancestrais Ao relembrar nem sombra faz, Nem sonho traz Densa neblina que inclina A lente dos olhos pros olhos da dor Chave nas portas de aço de um calabouço De onde a alma não sai Neste desvão, ninho de "não", Perde a visão desta larga avenida Que leva pra vida, que o vento assovia, Com embarcações, com as tardes vividas Distante do chão, dois palmos ou mais, De modo que assim tanto faz De volta pra vida, que o vento assovia, Com embarcações ou as tardes vividas Amores irmãos e veredas, varandas, gritar, Gargalhar e guardar a certeza de estar por um triz Da triste prisão, morada da desilusão