Já fui eu esse de paletó Sei estar andando com pé no chão Posso ser alguém que passa a dó Eu já fui vulto na escuridão Quase que alguém morre do coração Já fui eu que entrei na contramão Ah, sei lá eu Se o cara que vem lá, será eu Mas sei imaginar Eu me enxergo no lugar ♪ Posso ser o ingrato que traficou Eu posso ser o corno que vai matar Já fui eu o chato que gritou Posso ser o rico que quer mandar Eu encaro o caro como ele quer Sem me olhar do olhar de outra fé E ah, sei lá eu Se o cara que vem lá, será eu Mas sei imaginar Eu me enxergo no lugar ♪ Se uma caneta cair neste instante aos seus pés E algum satélite a esmo essa imagem captar Tenha absoluta certeza de que amanhã ela vai figurar Nas páginas das redes sociais, em mil reprises nos telejornais Impressa em um flyer que você recebe num bar Ou na pilha de emails a encaminhar Mas depois, amanhã, nunca mais