Atravessa a ponte alta Vai cortando a encosta, beira, ribeirão Vai riscando o vale verde Sobe e desce é rede Dança de salão Alinhava tanta história e bagagem de lá pra ca Tanta gente que se perde Que se prende e vai e vem por esse chão Se esparrama no remanso segue no balanço Trilha a imensidão Vai cortando o capim santo Ribeirinho, é tanto roça de feijão E se arrasta feito cobra Repicando diz quem vem lá Tanta gente que hoje chega salta fora e vai Pra nunca mais voltar Quem chega no horizonte vê flor de lis, girassol em tela azul Reconta a vida a fora mais um conto pra escrever No ponto da estação amores vão Levando aroma em flor de sal Saudade dói no peito O adeus leva um pedaço Vai deixando um rastro some na amplidão Vai seguindo seu caminho, o trem vai de mansinho melhor que avião E nesse vai e vem será que quem se foi um dia virá Quem chegou ainda não sabe quando nem pra onde O trem vai carregar Quem chega no horizonte vê flor de lis, girassol em tela azul Reconta a vida a fora mais um conto pra escrever No ponto da estação amores vão Levando aroma e flor de sal Saudade dói no peito Até mais um verão