Entre um rosto e um retrato, o real e o abstrato Entre a loucura e a lucidez Entre o uniforme e a nudez Entre o fim do mundo e o fim do mês Entre a verdade e o rock inglês Entre os outros e vocês Eu me sinto um estrangeiro Passageiro de algum trem Que não passa por aqui Que não passa de ilusão Entre mortos e feridos, entre gritos e gemidos A mentira e a verdade, a solidão e a cidade Entre um copo e outro da mesma bebida E entre tantos corpos com a mesma ferida Eu me sinto um estrangeiro Passageiro de algum trem Que não passa por aqui Que não passa de ilusão Entre a crença e os fieis Entre os dedos e os anéis Entra ano e sai ano, sempre os mesmos planos Entre a minha boca e a tua, há tanto tempo, há tantos planos Mas eu nunca sei pra onde vamos E eu me sinto um estrangeiro Passageiro de algum trem Que não passa por aqui E que não passa de ilusão Que não passa por aqui, não E que não passa de ilusão.